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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Viva o natal!

Ah, como eu adoro o clima de festas do fim de ano! Aqui em casa, sempre comemoramos o natal. Mas não como este ano. Meus pais capricharam na decoração. Me senti dentro de um filme americano de natal. Mas tudo bem. Se eles querem comemorar e ficar felizes, quem sou eu para discordar? Acho que nunca em toda minha vida, meus pais estiveram tão empolgados com o natal. E nunca esteve um clima tão bom aqui. Todos felizes e sorridentes. Inclusive eu. Mas alegria assim geralmente dura pouco. E durou. Um dia, sai de tarde e na casa de um amigo meu, cortei meu cabelo, estilo moicano. É assim que eu gosto. É assim que eu me sinto bem. Nenhum outro corte de cabelo me satisfez mais do que esse. Bom, isso foi o suficiente. Quando minha mãe chegou, eu estava sentado no sofá da sala vendo TV. Ela entrou rindo, até ver meu cabelo. Ela fechou a cara na hora e foi para a cozinha sem dizer nada. Meu pai mesma coisa, mas pelo menos ele me cumprimentou. E nos dois dias seguintes, os dois seguiram indiferentes a mim. Eu fiz algo de errado? Eu estraguei o natal? Eu, pessoalmente, não comemoro o natal. Mas gosto de ver minha família feliz. E se para eles ficarem felizes eu tenha que fingir que comemoro, eu não me importo. Depois dos dois dias de indiferença, eles voltaram ao normal. Fingiram que nada tinha acontecido. O que eu mais adimiro no natal é a capacidade das pessoas em fingir que tudo está bem.

Bom, não acho que tenha nada de errado com meu cabelo, meus pais acham. Mas é natal e tudo acaba bem! Ou pelo menos aparentemente bem.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Bons amigos

É realmente uma coisa boa
Não sou o único a pensar assim
É algo que me anima
É algo que faz bem pra mim

Nós somos bons amigos
E até um pouco mais
Ninguém precisa saber
Também não vou esconder

Queria entender tudo isso
Mas é melhor não
Vou apenas aproveitar
E deixar acontecer

Amanhã é outro dia
Temos muito tempo

domingo, 21 de novembro de 2010

Crianças

Vejo os carros passando
Vejo as crianças brincando
Toda a inocência presente
Todo o mundo a minha volta

Como as crianças na gangorra
Minha vida sobe e desce
Como as crianças na gangorra
Sempre tem um amigo para me subir

Elas correm na areia
Sem se preocupar com nada
Eu ando pelo mundo
Preocupando-me com tudo

A noite chega ao parquinho
Mas as luzes se acendem
A tristeza chega até mim
Mas meus amigos me iluminam

Tudo que eu queria dizer
Tudo que não queria ter dito
A vida não é fácil
Mas para elas ainda é

Aproveite enquanto ainda é criança
E depois transforme sua vida
Num simples parquinho
Tudo fica mais fácil...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Heróis

Antigamente, um cara tinha um idéia. Ele pegava essa idéia e com criatividade ele criava uma estória. Com essa estória em mãos, ele ou algum desenhista criavam uma história em quadrinhos (HQ). Se a HQ tivesse grande repercussão, posteriormente virava desenho animado, filme e diversos produtos eram criados. Pra mim é assim que surge um super-herói. Sem contar que o super-herói tem personalidade, características, e um perfil psicológico.

Mas hoje em dia, não é assim que as coisas estão acontecendo. Publicitários criam um personagem tosco,que de alguma forma ganha poderes. Daí, cria-se um desenho animado, com imagens sem detalhes, um enredo idiota e personagens secundários que conseguem ter menos personalidade que o principal. E aí é revelado o porquê de tal personagem. Produtos, produtos e mais produtos. Coloca-se o 'herói' em todos os produtos possíveis. Roupas, brinquedos, lap-tops, tênis, jogos, absolutasmente em tudo.

Inverteu-se a situação. Pensam primeiro no produto, depois criam um 'herói' idiota para poder alavancar vendas. Perdeu-se a essência do herói.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Valores

Bebidas, festas, diversão urbana
Orgias, ilusões, realidade humana

Aqueles que te 'amaram' hoje
Não se lembrarão de você amanhã
Não irão te ligar
Não vão se importar

Você foi um mero brinquedo
Nada mais que isso

Abra seus olhos, mulher
Valorize seu corpo
Pode parecer linda por fora
Mas seu espirito está morto

domingo, 14 de novembro de 2010

Vida?

Ela é uma garota perturbada
Parece bem, mas morre por dentro
Chora durante horas a noite
Sentada ouvindo o vento

Seu mundo é outro, sua vida é diferente
E a vida não faz sentido algum
Sem perspectivas
Sem esperanças

Um suicídio seria apenas
uma confirmação de sua morte
Pois ela já não vive há tempos
Está morta por dentro

Nada

Nada me prende
Nada me segura
O nada me prende
O nada me segura

Sem explicação

Sinto que posso fazer qualquer coisa
Esqueço dos problemas, esqueço de tudo
A sensação de liberdade é extrema
Eu me sinto realmente bem

As frustrações vão embora
Tudo vai embora
Fica só a liberdade
Fica só aquele sentimento

Compartilho esse sentimento
Essa é a melhor parte
Essa é realmente a melhor parte

Sinto tudo ir embora
Sinto tudo

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Depois da linha

Na beira dessa linha branca
Onde não há mais razão
Maldita linha da loucura
Puxando-me pela mão

Depois da linha tudo é diferente
Mostro meu verdadeiro eu
Crio monstros na minha cabeça
Escrevo coisas sem sentido

Minha cabeça fica a mil por hora
Meus sentidos se perdem
Observo as pessoas iludidas
Perdidas no lado de fora

Sinto pena dessas pessoas
Acham que o lado da razão é bom
Pensam que fazem as coisas certas
Vivem em constante ilusão

Prefiro ficar deste lado
Meus pensamentos são livres
Onde ninguém me controla
Onde eu vivo plenamente

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Arte


Quem pode dizer o que é arte?
Para mim ninguém tem esse direito. Arte é a expressão de um sentimento. Sentimento esse que o artista mostra da forma que achar mais adequada. Essa é minha visão de arte. Mostrar ao mundo o que é arte pra você, o que se passa em sua mente. Independente de como, onde e porquê.

A sua alma se reflete na obra, suas experiências ganham cores, formas, palavras, vida!

Por isso crie, escreva, pinte, modele, sinta a obra ganhar vida. E não deixe que ninguém diga que o que você fez não é arte.


"O poeta descalço"

Andando na rua
Correndo do vento
Pensando em suicídio
Na ponta do prédio
Subindo as escadas
Rolando as escadas
Vivendo, correndo
Comendo, morrendo
Morri

Depois cresci!
Pensei, existi

Tropecei, caí, sangrei, bebi.
E a vida é mais ou menos por aí.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O lago

Eu não quero nada mais do que um suspiro
É dificil dizer o quanto sou confuso
Mas as coisas se compensam
E no fundo só quero me expressar

Poetizar sentimentos
Poetizar catástrofes
Poetizar síndromes
Poetizar e poetizar
Apenas pelo prazer de se libertar

Mas as vezes é bom não dizer nada
Largar o lápis
Guardar o caderno
Esquecer do resto
E olhar o lago a sua frente

A zumbi e o sociopata

Procurando cérebros
Pelas ruas se arrastando
A roupa toda cheia de sangue
Com um braço faltando

Eu quero cérebros também
Quero devorar todos
Sentir o sangue escorrer
Ver o mundo morrer

Infecte-me!!
Infecte-me!!
Infecte-me!!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Alquimista

"Quando você realmente deseja uma coisa, todo o universo conspira pra você conseguir"
Incrível como aquele livro continua mudando minha vida.

Motivos

Hoje eu estava indo pra escola e enquanto filosofava sozinho acabei descobrindo uma coisa sobre mim. Eu preciso de motivo. Exatamente, de motivo. Eu nunca vou conseguir fazer uma nada que me mandarem sem motivo. E motivo bom.

Várias vezes tentei entender meu jeito subversivo de viver. E hoje, de repente percebi o motivo. Era tão óbvio. Eu não me contento com respostas prontas. Não me contento em fazer por fazer. Quando me mandam fazer algo, eu quero saber o motivo. Não suporto quando a resposta é simplesmente: "porquê todo mundo faz", ou pior ainda: "porquê eu estou mandando". Hierarquia pra mim não é motivo nenhum. Na verdade se a pessoa usa hierarquia como motivo, daí mesmo que eu não quero fazer.

O abuso de poder está presente em todos os setores da sociedade. Quando o seu "superior" te dá uma ordem, por causa da arrogância, ao invés de uma explicação, ele simplesmente usa o conceito de hierarquia. Questionar não é uma opção.

Por isso eu não vou mudar meu modo de agir, muito menos o de pensar. Não é uma patente alta que me fará ter respeito. Respeito se conquista, não se impõe.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sussurro

Encha as páginas pútridas
Com poesias e heresias
Desprezando valores
Criando novas fobias

Fazendo o caminho contrário
Apagando a poesia
Limpando as telas
Quebrando esculturas
Questionando
Brigando
Amando
Jogando
Bebendo
Morrendo

Não tente entender

Mudança

Há muito tempo eu precisava de um desafio. Minha vida estava acomodada, clamando por aventura. Escrever meu livro ajudava um pouco, mas infelizmente para mim era uma droga com curto efeito.

Usei vários artifícos. Mas não conseguia encontrar aquilo que nem eu mesmo sabia o que era. Não desisti. Meu espírito cada dia gritava mais alto pedindo por uma mudança. É difícil explicar o que eu sentia.

Eu tentava de alguma forma dizer aos meus amigos que estava nesta busca. Algo me dizia que eu precisava compartilhar isso. As tentativas foram todas falhas, já que nem eu sabia exatamente pelo que buscava.

Chegou então o dia. Diferente do que eu imaginava, a mudança não veio como algo que abalou as estruturas da sociedade, nem sequer foi notada pelos outros. Mas eu notei. E fiquei feliz. Sei que não é minha lenda pessoal, mas o caminho para chegar até ela passa por essa mudança.

Realmente eu acho que NINGUÉM vai entender este texto. Muito menos compreender o que é a mudança pra mim. Tudo bem, eu só queria desabafar um pouco aqui (:

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A alma, sem molduras ou limites

Use a cidade como um museu ilimitado
Um lugar livre de molduras e de público alienado
Sem ter restrições ou que seguir padrões
Expresse a sua alma, em uma poesia

Sem nenhum crítico, sem burocracias
A essência da arte aparece sem censura

A chuva cai no muro sujo
A água leva as bitas de cigarro pelos cantos
O mundo é seu
O mundo é seu
Lembre-se da arte, viva a arte
Coma a arte, vomite a arte

Não é uma coisa padronizada
Não precisa ser
Artista é quem vive
Artista é não ter medo

Viva a arte
O mundo é seu
O mundo é seu
O mundo...

A chuva

E as gotas da chuva respingaram em minha roupa
Eu vi o vento correr sobre as poças
Trouxe mensagens do meu sub-consciênte
E eu vi tudo que antes era proíbido

Então pegue meus retalhos
Respire o meu ar
Ligue as pistas erradas
Procure meus tesouros
Mate o meu ser
Mate minha essência
Mate seu mestre
Viva essa experiência

É difícil dizer
Não quero explicar
Vou fugir de casa agora
É difícil dizer
E é complicado demais para explicar

entendeu?

domingo, 15 de agosto de 2010

Concurso de poesia

Eu estou participando de um concurso de poesia na minha escola, eu peguei algumas partes de poesias já prontas minhas e coloquei mais algumas coisas. A poesia é esta:

O suspiro do poeta

Procurando no velho baú
Encontrei o que buscava
A inspiração para escrever
E as idéias que precisava

Eu sou apenas uma brisa,
Minhas idéias é que são o furacão.
Eu posso até ser o poeta,
Mas minhas palavras é que ficarão.

Tenho palavras subversivas
Até me chamam de imundo
Eu não sou um marginal
Eu sou um poeta do submundo

Eu tenho sonhos loucos
Que me trazem inspiração
Escrevo-os aos poucos
Fazendo sentido ou não

Com pena, caneta ou carvão
No papel, tela ou no chão
Com pena, caneta ou carvão
Fazendo sentido ou não



Bom, só queria compartilhar isso :D

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sobre o silencio...

Eu sou apenas uma brisa,
As minhas idéias é que são o furacão.
Eu posso ser o poeta,
Mas minhas palavras é que ficarão.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Alquimia

Na busca pela grande obra
Trabalhe com clareza nos pensamentos
Ache a essência das coisas
Tenha paciência com os esperimentos

Uma longa jornada dentro de si
É na verdade o que se deve fazer
Pois a purificação é só uma consequência
Da evolução atingida por você

Depois de se desapegar do mundo
O mundo irá o reverenciar
E o grande tesouro
Não mais o cegará

O sinais estão por toda parte
Basta saber onde procurar
Acredite nos sonhos
E irá os encontrar

Por que eu sou assim?

Ser como todo mundo seria tão mais fácil.Não enfrentaria preconceitos, olhares reprovadores.. Não precisaria pensar em como me vestir, no que ouvir, em como falar, em quem votar.. Seria aceito em circulos sociais. Teria mais "amigos". Não ficaria deslocado quando alguém diz algo "engraçado" que só quem assiste determinado programa na TV entende.

Resumindo, minha vida seria uma droga!

Pensamento padronizado é pra quem tem a mente fraca. Preguiça de pensar! Usar as roupas que eu realmente gosto e não a que todo mundo usa, me torna um indivíduo no meio de um monte de gente igual, com a cabeça vazia e que não tem nada de novo para oferecer. Não preciso mudar para me adaptar a circulos sociais, meus amigos são verdadeiros. Não me abandonam nas horas difíceis. Também não preciso assistir o programa que a massa assiste, só para entender bordões que na verdade não fazem sentido nenhum e não passam de "gírias" criadas por publicitários. Ao contrário do que a mídia, a sua familia e as religiões pregam, ser diferente não te faz um idiota, não te faz um marginal e não te manda pro inferno. Pense, questione, proteste!

domingo, 1 de agosto de 2010

Morte

Fuga

Eu procuro sempre, o que está fora do meu alcance.
Eu quero sempre o que não é pra minha idade.
Não deixo ninguém me dar o último lance.
E não abro mão da minha liberdade.

Desajustados

Quando chega a zona perigosa.
Não hesitamos em continuar,
pois no perigo é que mora, a verdadeira diversão.
Desajustados. Até podemos ser,
mas não gostaríamos de ser como vocês.
Estamos apenas procurando,
alguma coisa pra fazer.
Longe dessas pessoas ‘normais’, longe das suas vidas medíocres.
E é assim que pretendemos viver,
não sendo como você.
por que nós estamos apenas procurando, alguma coisa pra fazer.

Dentro da Caixa

Não faço o que quero.
Nem sei o que quero.
Estamos presos, para nossa ‘proteção’.
Não sobreviveríamos a um mundo sem ignorância.
Eles nos dizem o que pensar, fazer, dizer, amar e odiar.
Não suporto todo esse ‘controle’.
Vou sair desta caixa.
Preciso respirar, cansei deste mundo artificial.
Pra eles sou um louco.
Mas, se pra sair daqui, eu tenho que ser louco,
abro mão da minha sanidade.

Arte Esquizofrênica

No primitivo, no instintivo, no bruto.
Explorar a essência, tirar a alma e descobrir
a beleza do infantil, do bizarro,
daquilo que muitas vezes parece loucura.
Esquecer o superficial.

Amar o nada,

Desprender-se dos padrões.

Gritar palavras de amor,

E sussurrar palavrões!


Grita uma voz rouca,
do submundo subversivo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O suspiro do poeta

Uma manhã chuvosa de sábado
Um café, um cigarro, um nada
O papel ainda em branco
Sujo e caído na escada

O leve vento que entra pela janela
Traz as palavras adormecidas
Minha caneta corre pelo papel
Revelando as frases escondidas

Terá sempre um papel em branco
pra acolher palavras perdidas
Que venha todo sopro de inspiração
Fazendo sentido ou não

Com pena, caneta ou carvão
No papel, tela ou no chão
Com pena, caneta ou carvão
Fazendo sentido ou não

terça-feira, 25 de maio de 2010

O Nada e o Tudo

Eu corro pela estrada.
Eu pulo o muro.
Eu quero todo o nada.
Eu quero o nada puro.

Porque o mundo está cheio de tudo.
De tudo que não me agrada.
Minha subversão é um teatro mudo.
E a ignorância é a culpada.

O tudo é o que te espera
O nada é complicado.
Isso me exaspera.
Mas já estou acostumado.

Amor

Com meu medo constante
De descobrirem quem sou
Minha vida na estante
Jamais se encerrou

Pois só quero expressar
O meu medo de amar
No sentido contrário
Dessa vida de otário

Mas se grito aos ventos
Que amo novamente
De mim fazem chacota
Por meu sentimento quente

Decidi finalmente
Ignorar os que riam
Pois se zombam do amor
É porque nunca o viram

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Phoenix

É um renascer, uma evolução
Começando do zero
Eu quero agora um novo nível de inspiração

Busco nos cantos sujos de casa
Uma explicação pra esse meu jeito distraído
A minha imaginação é uma asa
E me faz voar por todo um mundo invertido

Queimar o que não presta
surgir das cinzas ainda quentes
O meu mundo louco é o que me resta
Arriscando a entender minha mente

Só quero ser um animal.
Um animal sentimental.